terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Eu e eu

Às vezes me impressiono comigo mesmo.
Percebo o quanto sou estúpido,
o quanto não mereço amigos.


Mostro-me amável?
Sensível? Carinhoso?


Mostro-me idiota?
Arrogante? Orgulhoso?


Meus Deus, quais sãos as máscaras?
Qual destes sou eu?


Amigos, (posso chamá-los assim?)
Tenham cuidado comigo.
Fiquem longe de mim.


Não!!! Me amem, compreendam.
Me impeçam de correr para este fim...


Eu sou muito complicado.
E ele é melhor nisto do que eu.


Quem escreve não é o enjoado
É aquele que o precedeu.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Uma sombra





O vento sopra.
Passa suave entre as folhas das árvores,
como se estivesse procurando algo que
ali está escondido.

Com suas luzes, o sol mostra
os vários tons de verde...
Mas, no meio de toda essa paz,
há uma mancha, uma sombra diferente das outras.
Sombra que antes era luz.
Luz que quis ser sombra, e
agora deseja ser luz.

E no meio das cores, lá está a mancha.
A sombra esboçando uma alegria pálida.

O vento sopra. Tudo verde.
E o esforço do escuro desejando iluminar.
O desejo da sombra:
brilhar! Brilhar!
E... apagar?

domingo, 24 de janeiro de 2010

Tormento

Será que não me canso disso?
Serei eternamente vítima dos meus caprichos?
Vivo almejando o fracasso do meu coração,
enquanto luto pela vitória exterior.

Que se danem os sentimentos!

Meu maior sentimento é a dor
que eu mesmo provoco dentro de mim.
E com ela saboreio a aflição e o desprezo
que eu mesmo criei.

Viver perturbado! Perturbado por mim.
... É agradável viver assim, e ao mesmo
tempo horrível!

Viver sufocado pela minha mente.

É agradável porque com isso fico voltado
para aquilo que muito me atrai, sentimentos escritos.
E é horrível, pois sinto a presença do fim.
... o fim...
Fim o qual sinto que será causado por mim.

Por quê?

É simples. Quando se destrói um coração
o corpo também morre.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Lento vento com o qual me contento

Lento vento com o qual me contento,
esteja atento ao meu lamento.
Entendo que és isento do meu tormento,
mas sinta o sentimento que aqui fomento.

Tento fugir deste sofrimento.
Já não aguento um mundo cinzento,
sem movimento e tão barulhento...

Oh, lento vento com o qual me contento,
aqui me sento esperando alento...
E num esquecimento tão macilento
encontro um momento no qual me ausento,
sozinho, asmento, solto no firmamento.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Tu e Eu: Nós


O teu sorriso é o meu sorriso.
Tuas lágrimas são minhas lágrimas.
Tua alegria também é a minha.
Tua tristeza me despedaça.
Tuas ações são minhas ações.
E o teu querer é o meu querer.

Minha vontade é que tu Sejas,
e assim sendo eu também serei.
Por que me preocupo contigo?
Esta preocupação é egocêntrica,
pois o contigo também é comigo.

Eu queria que tu soubesses, meu caro amigo,
que me preocupo conosco,
contigo e comigo.

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Ausência

Meus olhos estão aflitos
de tanto te procurar.
Meu pensamento aos gritos
deixando os pulmões sem ar.

Minha voz já não é voz
é suspiro sonhador,
é busca por um a sós
que o nada vai lhe propor.

Te encontro no abstrato
somente lá tu estás:
momento ingênuo, assaz...

Jamais existiu contato,
Meu mundo inteiro, quebrado,
espera ser remontado.

Querer e individualidade

As aspirações de cada um se adequam à realidade desejada.

Reticências

É... Jamais compreendi como consigo
gostar de te ter ao meu lado,
Não compreendo o prazer que sinto em ti...
Sei. Tu só vens para me machucar.

É graças a ti que tudo o que digo
ficará para sempre gravado.
Um tudo bem guardado aqui,
num espaço que o nada ocupará.

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