Domingo de manhã
Um sopro de saudade
abraçou meu peito
assegurando a idade
em que hoje me deito.
Onde os pensamentos,
antes frenéticos e açucarados,
dormitam sem acalentos,
tristes ou apenas cansados.
Os olhos com fome voraz
somente lambem o presente
na falha tentativa mordaz
de cobiçá-lo eternamente.
Afogando-me em cenas
desconexas ou atemporais,
respiro as manhãs morenas
de meus domingos normais.
Pintura de Ellen Dreibelbis
Se garantiu!
ResponderExcluir