sábado, 25 de maio de 2013

Dores


São inúmeros sentimentos
Lutando entre si,
Por um espaço qualquer,
Por uma chance de gritar...

Tantas dores enclausuradas,
Acorrentadas a um único ser.
A dor do esquecimento,
Da superação,
Da ausência...

Surgem também os medos.
Medo de estar aqui,
Ali e acolá.
Medo de não sentir,
De fugir
Medo de estar...

Lágrimas de solidão,
Lágrimas de arrependimento.
Gotas de insatisfação,
De morte e sepultamento.

Pintura de Alberto Pancorbo

Fiz este poema para o espetáculo METADES DE MIM, DE TI E DE NÓS, onde declamo como uma revelação do meu eu.

sábado, 11 de maio de 2013

Participado


Tantos pedaços esquecidos,
desejados e abandonados.
Alguns, tão distantes, caídos:
morimbundos, dilacerados.

Eram sonhos amedrontados,
daquele futuro inescrito.
Pela fome, tão fustigados,
de presente incerto e maldito.

Foram fagulhas esperançadas
de um forte alento anunciado.
Mais tarde lágrimas aladas
fugindo de um olho assustado.

Pintura de 非(xhxix)

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