sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Suscitando Poemas


É com lápis e papel branco
Que enxugo todo o meu pranto,
Que o meu coração destranco,
E que minha voz levanto.

São as palavras cinzentas,
Que surgem desta fenda,
Silenciosas ou barulhentas
Suscitadas como oferenda.

Descontroladas e revoltosas,
Correndo pelas alvuras,
Submissas e carinhosas
Criam ideias tão obscuras.

Pintura de Vladimir Kush

7 comentários:

  1. Oi...Vim seguindo um rastro de poesia e cheguei aqui, no teu espaço que é lindo. Abraço suas letrinhas e deixo carinho e admiração .

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  2. Adorei a poesia, ela demonstra bem o que nos ocorre enquanto compomos nossos poemas, paz e sucesso amigo!

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  3. Ai almas dos poetas
    Não as entende ninguém,
    São almas de violeta
    Que são poetas também.

    Andam perdidas na vida,
    Como estrelas no ar;
    Sentem o vento gemer
    Ouvem as rosas chorar!

    Só quem embala no peito
    Dores amargas secretas
    É que em noites de luar
    Pode entender os poetas.

    E eu que arrasto amarguras
    Que nunca arrastou ninguém
    Tenho alma para sentir
    A dos poetas também!

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  4. As palavras transcendem os significados... adorei a poesia!

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