domingo, 9 de novembro de 2014

Domingo de manhã


Um sopro de saudade
abraçou meu peito
assegurando a idade
em que hoje me deito.

Onde os pensamentos,
antes frenéticos e açucarados,
dormitam sem acalentos,
tristes ou apenas cansados.

Os olhos com fome voraz
somente lambem o presente
na falha tentativa mordaz
de cobiçá-lo eternamente.

Afogando-me em cenas
desconexas ou atemporais,
respiro as manhãs morenas
de meus domingos normais.

Pintura de Ellen Dreibelbis

Um comentário:

Translate