quarta-feira, 31 de março de 2010

Cultivo um jardim de dores


Cultivo um jardim de dores,
Onde não existem cores.
Inundam-no tantas flores
Sem perfumes. Só odores.

Porém, nelas há um belo.
E todas no mesmo elo
Entoam um som singelo
Como golpes de martelo.

Os golpes estão escritos.
Por vários olhos são vistos
Os sentimentos aflitos

Nascidos não de conflitos
Mas, por querer do jardim
Que cresce dentro de mim.

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