domingo, 7 de setembro de 2014

Era uma outra vez


Observar o pendular dos pensamentos
marcando os minutos com tempos diferentes.
E contar sílabas brancas em movimentos
de mãos solitárias e mesmo assim tão quentes.

É permissão para voar alto
com asas de tamanho sem fim;
Depois pousar em teu lábio incauto
e, então, sonhar com o terno sim.

Eu conto o tempo todo
minutos que são horas.
Vejo-me neste lodo
de inúmeras demoras.

Perco tudo...
Outra vez
eu me iludo.
Tu não vês...

Pintura de Alberto Pancorbo

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