quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

O visitante

 
Bateu-me, um poema,  à porta da mente.
Adentrou sem permissão ou convite.
Abriu-me aquelas janelas criativas
para arejar a dor remanescente;
Olhou-me e sussurrou uma ordem: "- Grite!
Não ouça os discursos da falsa gente!"

Reiterou-me o comando proferido.
Pedindo cautela e muita atenção.
"- Abandona-te em um dos outros vícios.
Um daqueles que já tens esquecido
nos traços e curvas da solidão."
E, fugiu-me pela janela o atrevido.

Pintura de John Armstrong

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