segunda-feira, 7 de maio de 2012

Anonimato


Sentir pulsarem as veias
desta vida inquieta e doentia
é ver, completamente, cheias
as mãos de quem acaricia.

Mesmo na humilde fagulha,
que brilha em escuro olhar,
é possível ver quem mergulha
nas lágrimas deste imenso mar.

É aquele não conhecido,
lembrado no esquecimento,
que grita sem ser ouvido
por estar preso aqui dentro.

Pintura de Alex Stevenson Díaz

2 comentários:

  1. Eu adorei o poema....=)
    Gostei demais...
    Acho que já me senti antes dessa forma..
    É lindo e triste, mas de modo geral a gente acha um modo do triste ficar belo, é uma forma de nos fazer ouvir...quem é que gosta de ouvir coisas ruins de modo ruim?

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