terça-feira, 1 de maio de 2012
As vezes da palavra
Às vezes as palavras correm,
escapam e saem de outra boca
ou se escondem em outra mente.
E assim muitos amores sofrem,
como se fossem pintura barroca,
por negarem aquilo que sente.
Às vezes as palavras gritam,
fortes e facilmente proferidas.
Cantam com grande facilidade,
aos corações que tanto se fitam,
canções nunca antes ouvidas
que os preenchem de verdade.
Às vezes as palavras estão aí,
esperando por alguém que as ame
e que sem medo ou arrependimento
possa usar delas como quem ri
de qualquer pessoa que o chame
de louco, ingênuo sem entendimento.
Pintura de Dyanne Parker
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