Acreditei em mim mesmo,
em um eu avesso
às ideias que me impus.
E continuei a esmo...
Num silencioso tropeço
enxerguei a luz:
Me vi tão frágil,
me afogando em emoções...
E sempre o presságio
da loucura, dor e medo
me engolia sem quaisquer razões.
Neste solitário naufrágio
compreendi o enredo:
Eu sou inconstante.
Acreditei no começo,
no alvo distante
que me molda gradualmente.
Assim eu subo e desço
como eterna variante
de um eu que apenas sente.
Pintura de Paul Arts
(Atualmente a obra compõe o acervo da galeria Emillions Art)
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