que mesclam nossos quereres,
são as mesmas que a mim gritam,
rosnam, me impedem e me limitam
diante do mais ínfimo dos prazeres.
Elas, há tempos, se fazem presentes.
Não importa onde qualquer um de nós vá,
voam silenciosas, surdas e inconscientes.
Letais como um câncer, corroendo mentes
que logo desistem de crer, de ser, de estar...
Nesta mortal mestiçagem eugênica
tentamos sobreviver a todo custo.
Alimentamos uma sanidade cênica,
um tipo de embriaguez esquizofrênica,
para estar, ser e crer num mundo justo.
Arte do meu querido Heitor Silva.
Lindo poema. Parabéns.
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