segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Insulto


Eram as mesmas falas amarelas,
já tão cansadas de estarem lá...
E agora, desamparadas, elas
apenas murmuram o seu findar.

Gritavam, altas, tão eloquentes.
Xingavam, envenenadas e cegas.
Agora, caladas, rangem os dentes,
recebem de volta suas entregas.

Mas, não vá, fique por favor,
Eu exijo sua cordial presença.
Veja, como sou, seja o que for,
Sou apenas aquele que pensa.

Pintura: Juízo final, Michelangelo

2 comentários:

  1. Nada como uma pequena vingança!
    Se é que entendi bem?!

    Até breve!

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  2. Interessante, palavras que se tonaram cansativas, embora a presença da pessoa ainda não se tornara assim, gestos de amor que te cativas, coisas das quais não queremos um fim, uma boa poesia afinal, algo de se ver de um bom profissional, seria uma boa escolha em tentar lhe conhecer, e talvez alguma poesia juntos escrever, eu prefiro escrever só, mas sempre vejo algo bom em mudanças, mas se acha que só sou digno de sua dó, lhe digo, não substime a nós, crianças.

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